A ecotoxicologia deriva dos termos ecologia e toxicologia. A ecologia é o estudo da interação dos seres vivos entre si e com o meio ambiente em que vivem, já a toxicologia é a ciência que busca compreender os efeitos causados por substâncias químicas, bioquímicas e seus processos biológicos, levando em consideração a sensibilidade de diferentes organismos à exposição de substâncias químicas e as toxicidades relativas de diferentes substâncias.
Sugerida pela primeira vez em junho de 1969 pelo toxicologista francês René Truhaut, a ecotoxicologia foi definida como a ciência que estuda os efeitos das substâncias naturais ou sintéticas sobre os organismos vivos, populações e comunidades, animais ou vegetais, terrestres ou aquáticos, que constituem a biosfera, incluindo assim a interação das substâncias com o meio nos quais organismos vivem no contexto integrado.
Há alguns anos, a ecotoxicologia é utilizada como parâmetro legal na regulamentação da qualidade de água, de efluentes e de sedimentos. A Resolução Conama n° 344/04 institui ensaios ecotoxicológicos para casos de disposição de sedimento a ser dragado quando a concentração de algumas substâncias possam oferecer riscos. Já a Resolução Conama n° 357/05 instituiu o uso de ensaios ecotoxicológicos como parâmetro de qualidade das águas e a CONAMA 430/11 para efluentes. Portanto, o objetivo da avaliação de ecotoxicidade é ser capaz de prever os efeitos da contaminação em organismos biológicos, prevenção ou reparação de quaisquer defeitos prejudiciais de forma eficiente e efetiva.
Alguns dos testes realizados em sedimentos, águas e efluentes, contam com as espécies: Nitokra sp.* (microcrustáceo bentônico estuarino), Hyalella azteca (microcrustáceo bentônico de água doce), PImephales promelas e Danio rerio (peixes), Ceriodaphnia dúbia, Ceriodaphnia silvestrii, Daphnia magna, e Daphinia similis (microcrustáceos), Desmodesmus subspicatus (alga), Skeletonema costatum (microalga) e Vibrio fisheri (bactéria).
Segundo o Dr. Alexandre Arenzon, pesquisador da UFRGS e consultor técnico na área, ainda que seja importante e exista uma exigência legal para a realização de ensaios de toxicidade por parte dos por órgãos de fiscalização ambiental, essa ciência ainda é pouco explorada nas grades curriculares dos cursos das áreas ambientais. Notando-se que não basta apenas conhecer os ensaios, é necessário interpretar pareceres, sobretudo, pelos responsáveis técnicos da rede industrial para que se garanta maior eficiência nas tomadas de decisão.
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